Desde o início de 2024, os incêndios florestais no Brasil, intensificados pela combinação das mudanças climáticas e do fenômeno El Niño, trouxeram à tona uma realidade alarmante: o descontrole sobre as queimadas não é apenas um fenômeno sazonal, mas um reflexo das nossas ações insustentáveis. Com secas prolongadas, especialmente na Amazônia, o país ultrapassou a marca de 184 mil focos de queimadas, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O impacto ambiental é devastador, e suas consequências são sentidas de maneira generalizada.
São Paulo, a maior metrópole do Brasil, ilustra bem os efeitos dessa crise. A densa névoa de fumaça que frequentemente cobre a cidade prejudica drasticamente a qualidade do ar, resultando em sérios problemas de saúde pública. O aumento de internações hospitalares devido a problemas respiratórios é um sintoma claro de que o impacto das queimadas não se restringe ao campo, mas invade o cotidiano urbano. Isso reforça a necessidade urgente de ações coordenadas para enfrentarmos esses desafios, promovendo a sustentabilidade tanto no âmbito governamental quanto no empresarial.
Para reverter esse cenário, uma abordagem integrada é essencial. O governo tem avançado no monitoramento por satélite e na investigação das queimadas de origem criminosa, mas a responsabilidade não pode ser atribuída apenas às autoridades. Empresas e cidadãos também têm um papel crucial a desempenhar.
As organizações podem adotar medidas que contribuam diretamente para a redução das queimadas, investindo em práticas de gestão sustentável, como o uso de energia renovável, a promoção da agricultura regenerativa e o compromisso com cadeias de suprimento livres de desmatamento. Também é possível adotar a implementação de políticas de redução e compensação de carbono, através de programas de neutralização das emissões, como o apoio a projetos de reflorestamento e preservação de áreas florestais.
Investir em tecnologia e inovação, como por exemplo o uso da inteligência artificial e sistemas de monitoramento por satélite, para detectar focos de incêndios de maneira preventiva, permitindo uma resposta rápida antes que o fogo se espalhe. A educação e a sensibilização ambiental dentro das corporações também pode ter um impacto significativo, investindo em programas de capacitação e conscientização de seus colaboradores, clientes e fornecedores. Dessa forma, as empresas conseguem criar diretamente uma cultura interna e externa voltada à sustentabilidade.
A nível individual, os cidadãos podem optar por consumir de forma mais consciente, reduzindo a demanda por produtos que incentivam o desmatamento e apoiando iniciativas que promovam a conservação ambiental. Além disso, o plantio de árvores e o apoio a programas que busquem restaurar áreas degradadas são passos concretos que qualquer pessoa pode adotar para contribuir com a mitigação dos efeitos das queimadas e a preservação do nosso ecossistema.
21 de Setembro, o Dia da Árvore
O Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro, nos oferece uma oportunidade simbólica para refletir sobre o papel crucial que as árvores desempenham na regulação do clima e na purificação do ar. As queimadas destroem áreas vitais e aceleram as mudanças climáticas, enfraquecendo diretamente nossa biodiversidade. Este momento de conscientização deve servir como um lembrete da urgência em proteger nossas florestas, adotando soluções sustentáveis que favoreçam o meio ambiente e a nossa própria sobrevivência.
As queimadas em São Paulo e em outras partes do Brasil nos mostram que não podemos mais ignorar os sinais. Elas nos ensinam que as práticas insustentáveis colocam em risco tanto a saúde da população quanto a longevidade dos ecossistemas.
Na Globo Leilões, temos como princípio norteador o compromisso com a pauta socioambiental. Reconhecemos que ações imediatas e práticas responsáveis são essenciais para moldar um futuro mais verde e sustentável, em que a preservação das florestas e a redução da poluição se tornem prioridades de todos os setores da sociedade.
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